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Correção de valores a receber?

  • Foto do escritor: Carlos Resende
    Carlos Resende
  • 23 de set. de 2020
  • 2 min de leitura

Vamos pensar juntos sobre uma interessante questão que recebemos: "vendi um imóvel e combinei com o comprador o pagamento em quatro parcelas anuais. Como fazer para mitigar o risco de perder poder de compra para a inflação?"

Que risco é esse? É o risco de que o dinheiro da venda, quando for recebido, já não tenha mais o poder de compra que tem hoje. E isso ocorre pelo efeito da inflação.

A inflação pode ser entendida como a alta generalizada dos preços na economia.

Acontece mais ou menos assim: imagine que você tenha hoje R$100 mil aplicados no Banco, que permitem comprar um lote de 360 metros quadrados no bairro X ou um carro do modelo Y. Daqui a quatro anos, sua aplicação recebeu juros (líquidos de impostos) de 5% ao ano e foi atualizada para R$121mil. Só que os bens que você poderia comprar com R$100mil estariam valendo então R$130mil. Neste caso, o rendimento de sua aplicação no Banco teria sido inferior à variação do preço dos bens (portanto, perdeu para a inflação) e você já não conseguiria mais comprá-los com o mesmo dinheiro.

Para buscar proteção contra esse risco, especialmente quando há valores a receber em prazo mais longo, é interessante pensar em proteger seus recursos com algum indicador de correção monetária (proteção contra a inflação).

Essa proteção pode ser obtida através da utilização da correção através de índices de inflação, dentre os quais citamos:

- INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), do IBGE e IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), do IBGE. Estes índices medem o índice de inflação para as famílias / consumidores

- IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado) da FGV (necessário se cadastrar para acessar) e IGP-DI (Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna) da FGV. Trazem ponderação da variação de preços no atacado, de preços ao consumidor e de preços para a construção civil.

Ao buscar proteção contra a inflação, você deve escolher o índice mais adequado ao tipo de proteção que você deseja. Por exemplo, para aplicações financeiras, o Tesouro Direto oferece possibilidades de aplicação vinculada ao IPCA (NTN-B), que lhe protege da inflação para o consumidor, medida pelo IBGE.

No caso da questão acima, seria interessante combinar com seu devedor um índice de preços para atualizar o valor a receber.

Este assunto não termina por aqui... Acompanhe nossas discussões e poste suas dúvidas no "Fale Conosco"!

 
 
 

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