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Vale a pena pegar um empréstimo?

  • Carlos Resende
  • 23 de set. de 2020
  • 2 min de leitura

Ao responder a essas pergunta, você deve fazer várias ponderações (que não cabem nesta postagem).


Ao contrário do Financiamento (quando você pega o dinheiro com finalidade definida, como comprar um carro, uma casa), o empréstimo é um dinheiro que você pega sem ter que comprovar sua utilização.


E aí mora o perigo! A sensação de poder dada pelo dinheiro em sua mão no dia do empréstimo pode ser substituída por uma agonia que só termina depois da última parcela paga.


Para não se arrepender, tente pelo menos no seguinte:


1. Todo empréstimo tem custos (juros, taxas, tarifas, impostos e outras despesas). Avalie bem se os benefícios desse dinheiro em sua mão no momento vão compensar os custos que você vai ter. Vai pagar uma dívida mais cara? Vai comprar um presente para alguém ou um bem de consumo?


2. Lembre-se de que as parcelas do empréstimo vão "comer" uma parte de sua renda até o final do prazo de pagamento. Você está preparado para viver com renda menor nesse período?


3. Existe a armadilha do prazo. Para que a prestação caiba no seu bolso, é prática diluir as parcelas num prazo muito longo. Faça um exercício: multiplique o valor da parcela pelo total de parcelas a pagar e subtraia desse valor o dinheiro vai receber hoje. A diferença será o que você está pagando para ter esse dinheiro em mãos. Vale a pena pagar isso?


4. Uma ótima alternativa é não fazer o empréstimo (se houver tempo para isso) e juntar mensalmente pelo menos o valor da parcela numa aplicação no banco. Em geral, com menos da metade das parcelas do empréstimo é possível comprar o bem desejado). Sem contar que - na compra à vista - é fácil conseguir bons descontos.


5. Antes de fechar o empréstimo, faça cotação em mais de um agente. As diferenças podem ser grandes. Estude com atenção especial o CET (Custo Efetivo Total), que serve para você comparar o custo em cada banco ou financeira. Se quiser entender melhor o CET, acesse o Banco Central (clique aqui). Quanto menor o CET, melhor prá você (seu custo é menor).


6. Sempre que possível, prefira o empréstimo consignado a outras formas, pois o custo tende a ser menor.


7. Se estiver com o nome negativado ("nome sujo", na gíria do mercado), tome cuidado com ofertas tentadoras para pegar mais dinheiro "sem consulta ao SPC e ao Serasa". Todo o risco do empréstimo será cobrado de você e os custos são proibitivos.


8. Se já tiver dívidas, uma estratégia importante é priorizar o pagamento daquelas que têm maiores custos, para reduzir seu gasto mensal (isso melhora seu salário líquido no final do mês).


9. Investigue com cuidado as condições do empréstimo. Veja quanto vai pagar de Imposto, se tem tarifas... Analise e leia as condições do contrato, como serão pagas as parcelas, se elas têm alguma forma de correção...


10. Se desejar, você pode também comprar outros produtos, a exemplo de seguros. Mas, fique atento: é vedada por lei a prática da venda casada (ninguém pode lhe obrigar a comprar um seguro, uma capitalização ou qualquer outro produto para poder obter o empréstimo)...


Acompanhe nossas próximas publicações. Retomaremos com maior profundidade vários aspectos dos empréstimos... Não deixe de nos enviar suas dúvidas - acesse nossa página principal e registre lá!


 
 
 

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