Investimentos: que decisão tomar?
- Carlos Resende
- 23 de set. de 2020
- 2 min de leitura
Na última publicação, conversamos sobre o tripé de rentabilidade, liquidez e segurança que permeia todas as nossas decisões de investimento financeiro.
Seguindo, vamos conversar sobre as condições pessoais, convicções e necessidades do investidor. No processo de planejamento do investimento, avaliar bem essas questões é a base para tomar decisões acertadas.
Para ajudar nessa avaliação, acompanhe conosco algumas considerações.
Pense sobre sua idade e condições atuais. Você já está estabilizado ou ainda está construindo seu patrimônio? Em geral, uma pessoa mais jovem pode arriscar mais em busca de maior rendimento: se errar um investimento e perder muito dinheiro tem chances de recomeçar, mas uma pessoa já nos seus sessenta anos talvez não tenha a mesma facilidade ou a mesma disposição. Como você se define? Você avaliará o risco que está disposto a correr.
Considere o tempo pelo qual pretende deixar seu dinheiro aplicado. Considere, por exemplo:
- quais são os seus projetos? Quer proteger seu dinheiro enquanto acumula para realizar um sonho? Comprar um carro ou uma casa? Fazer aquela linda viagem no próximo ano? Ou construir uma reserva para sua aposentadoria? Muitos buscam estruturar sua independência financeira, buscando aplicar bem seu dinheiro para fazê-lo render a seu favor.
- há eventuais despesas extraordinárias futuras (um intercâmbio de seu filho no exterior, uma formatura do colégio...) em vista? Como pretende pagá-las?
Pense sobre a diversificação: planeje suas aplicações para evitar que fique tudo num lugar só, especialmente se for um investimento que dificulte saques no curto prazo. Imprevistos podem acontecer e – se não estiver preparado – você pode ter que recorrer a empréstimos caros ou compras parceladas com juros, mesmo tendo recursos investidos.
Uma dica muito forte é deixar uma parte de seu dinheiro em aplicações líquidas, que não tenham prazo de carência: quanto reservar no curto prazo e deixar numa aplicação mais segura, ainda que menos rentável? Cada um(a) de nós tem que definir suas regras pessoais. Eu gosto de ter pelo menos três ou quatro meses de renda mensal ou de salário como reserva de segurança.
Além de mitigar seus riscos quanto a prazos, a diversificação vai lhe permitir buscar maior rentabilidade em uma parte dos recursos, protegendo o restante.
Avalie também qual é seu conhecimento do mercado e dos produtos financeiros. Estude, pesquise, leia a respeito e não tome decisões sem ter muita clareza do que está comprando. Dedique atenção especial a compreender a forma de tributação a que estará sujeito. Mais adiante, buscaremos uma visão geral das características dos principais produtos disponíveis, que ajudará a aprofundar esse tema.
Busque observar o momento certo de iniciar uma aplicação financeira específica, de mudar de produto de aplicação ou de sacar seus recursos. Por exemplo, um momento de forte movimento de alta da bolsa pode não ser o melhor momento para comprar ações: a Bolsa é cíclica e poderá sofrer queda no curto prazo.
Veja que até agora não falamos ainda de taxas e de condições da aplicação. E é assim mesmo. Planeje antes com cuidado para depois sair para o mercado.
Na próxima postagem, apresentaremos a "Análise de Perfil do Investidor", ferramenta que auxilia na avaliação de seu perfil e na indicação dos tipos de produtos mais adequados a esse perfil.
Até breve!








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