Selic a 8,25%: e agora?
- Carlos Resende
- 23 de set. de 2020
- 2 min de leitura
Olá!
Em 06/09/2017, o Copom reduziu a taxa Selic em um ponto percentual, para 8,25% ao ano.
Veja alguns efeitos importantes desta medida:
* a remuneração da poupança será reduzida. O cálculo do rendimento passa a considerar 70% da Selic mais a variação da TR.
Esta regra é ativada toda vez que a Selic fica igual ou inferior a 8,5%. Ela foi criada para evitar que a poupança se tornasse extremamente atraente e sugasse os recursos aplicados no mercado financeiro.
A título de exemplo, se considerarmos uma TR diária hipotética de 0,02% (índice que só foi superado em três dias de agosto de 2017) a remuneração da poupança seria de 0,489%!
Mesmo com remuneração mais baixa, é importante que o investidor (principalmente o pequeno) avalie bem suas decisões, pois a poupança ainda pode superar a rentabilidade de alguns fundos (especialmente os que têm taxa de administração mais alta).
* as aplicações vinculadas à variação do CDI/DI e da Selic passarão a render imediatamente no novo patamar definido, abaixo do que vinham rendendo até agora.
* aplicações pré-fixadas (que podem existir inclusive como parte das aplicações de um fundo de investimentos) tendem a apresentar um pico de rentabilidade neste momento (devido à "marcação a mercado", o valor do papel é atualizado para um cenário de juros menores à frente).
* há uma tendência de redução dos juros dos empréstimos. Mas não se iluda: são sempre bem maiores que os juros das aplicações. Antes de contratar, avalie com bastante cuidado suas necessidades e as condições para não se arrepender!
* no cenário que se indica no momento (juros mais baixos), aqueles investidores que desejam buscar maior rentabilidade devem analisar seu portfólio de aplicação e avaliar a possibilidade de correr mais risco para tentar ganhar mais (ações, fundos multimercados, títulos de dívida privados – como as debêntures).
Este é o cenário do momento! Fique atento e bons negócios!
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